Friday, June 21, 2013

DENISE DURAN at home - 1 9 6 0

Denise Duran is Dolores Duran's kid sister who decided to become a pop singer after her famous sister died of a heart attack while sleeping in the first hours of Saturday, 24 October 1959. Denise was 24 years old when these photos were taken in the apartment she shared with her mother Josefa Rocha, on Rua General Venâncio Flôres, 187, apt. 303, in Leblon, Rio de Janeiro-DF.
Denise Duran poses under her famous sister's portrait at her flat in Leblon, Rio de Janeiro.
Denise Duran sports her double-strand pearl neck-lace.
Denise decides to listen to some Hi-Fi music before she goes out.
I wonder should I go or should I stay?
Denise ponders if she should play the guitar or just pout...
Flower arrangement was one of Denise's favourite hobbies...
I keep wondering about life every time I get my guitar...
well, okay, I'll play you a little tune...
Denise Duran receives Radiolandia's journalist at home... March 1960.
Radiolandia #313, 2nd April 1960
Denise Duran looks on as Nelson Gonçalves shows her how to play 'Dilema', his latest hit: 'Violão, eu estou tão sozinho, sem amor, sem carinho, solitário na dor...'
Denise Duran on 'Revista do Radio' 16 July 1960.
Denise Duran shows she knows how to pick some chords from a guitar; Denise with MC Paulo Gracindo and Emilinha Borba on the stage of Radio Nacional's auditorium. 
At 'Correio da Manhã's column 'Esquina Sonora' written by Rossini Pinto, January 1961

Até 24 Outubro 1959, dia do falecimento de Dolores Duran, a sua irmã Irley Silva da Rocha apenas cantava em casa. Marisa e Ribamar, que a conheciam muito bem, insistiram para que ela tentasse o Radio. E com a morte de Dolores, ela julgou que deveria ocupar o lugar da irmã. Justificou-se:

- Dolores, ao falecer, deixou um nome feito na história do radio brasileiro. Suas composições, cantadas e aplaudidas, mostraram que tão cedo ela não seria esquecida. Porém, vim para o radio certa de que, ao ver-me, todos lembrariam a minha irmã. 

Coube a Marisa dar o nome artístico de Irley. Ela foi para a gravadora Copacabana Discos como Denise Duran, fez um teste e aprovou plenamente. Agora está preparando um LP. E Denise Duran, que tem uma alegria contagiante, salientou:

- O que eu fazia antes de cantar? Ainda faço. Escrevo à máquina e trabalho com centenas de anotações. 

- Queria mesmo ser cantora? 

- Nunca simpatizei com minha voz. Em vida, Dolores insistia para que eu tentasse o radio. Só a sua morte convenceu-me a abraçar a carreira de cantora. 

- Dolores e você sempre foram unidas?

- Quando criança, nós brigávamos muito. Toda vez que mamãe saía, havia sempre um 'caso' entre Léia (nome verdadeiro de Dolores Duran era Adiléia Silva da Rocha) e eu. Ela, que era 8 anos mais velha que eu, tinha pena de bater em mim. E eu, aproveitava isso para bater nela...

- Diga, sinceramente, está gostando de ser cantora?

- Estou. Vamos ver se estão gostando de mim. 

Denise Duran insistiu em dizer que tem uma vida atarefada. Trabalha em dois expedientes. Por isso, falta-lhe tempo para inspirações poéticas. Contudo, pretende também ser compositora. E, diante de uma de nossas indagações, respondeu com muita graça:

- Não vou à praia. Tenho medo de morrer afogada. Para mim, nadar, é a coisa mais difícil do mundo. Em se falando de natação, nasci para ser prego...

- De que, finalmente, você gosta?

- Gosto de cinema e adoro o teatro. Se eu pudesse, também seria atriz.

- Seu casamento está por perto?

- Está sim. E já devia ter acontecido.

- No caso, deixará de ser cantora?

- Não. O meu casamento não prejudicará a carreira que agora tento. Vou conciliando o amor com a vida de cantora.

Denise não quis declarar qual o nome de seu noivo. Mas, garantiu, no seu casamento, deixará que os fotógrafos compareçam para fixar flagrantes do dia mais feliz de sua vida.

Denise Duran gets married to Dave Gordon 



Foi no Registro Geral de Copacabana, na Rua Xavier da Silveira, que se realizou no dia 8 Junho 1962, a cerimônia civil do casamento de Irley Silva Rocha com Neville Gordon. Irley é o nome verdadeiro de Denise Duran, irmã da saudosa Dolores Duran e também sua herdeira artística. 

O noivo, Neville, conhecido artisticamente como Dave Gordon, é natural de Georgetown na Guyana, mas radicado em São Paulo. É cantor, como Denise e com ela trabalha na boite de Djalma Ferreira na Praça Roosevelt, Os padrinhos do civil foram Dorothy da Rocha (cunhada de Denise) e Bercário Braga (tio da noiva).

No dia seguinte, realizou-se a cerimônia religiosa, na Capela de Nossa Senhora Auxiliadora, na Escola de Serviço Social da P.U.C. (onde se formam assistentes-sociais), na Rua Humaitá, 1970, onde Denise trabalhou como segunda-secretária antes de se tornar cantora. Foi oficiante o padre Helio de Alencar - aluno da E.S.S. da P.U.C. -  os padrinhos do noivo foram a cantora Marisa Brandão (a Gata Mansa) e Fred Feld, pianista da boite Djalma's. De parte da noiva os padrinhos foram sua prima Aurea Machado e Ronaldo Zaremba.

Quem apresentou Neville a Denise foi Ronaldo Zaremba, que era amigo inseparável de Dolores Duran. O fato ocorreu na boite Bacarat, onde Neville terminava uma temporada e Denise iniciava a sua. Conheceram-se poucos dias antes do Natal de 1961 e por ocasião do Carnaval de 1962 decidiram que iriam casar, sob o incentivo de Marisa, amiga de ambos. Foi então que Djalma Ferreira contratou Neville Gordon para sua boite paulista e este sugeriu ao patrão o contrato de Denise. Isto foi logo concretizado. Em São Paulo o romance tomou forma, chegando ao casamento.

O vestido de noiva, muito bonito e moderno, foi executado por sua irmã, Hilda da Rocha. Modelo em feitio curto com saia na altura do joelho e todo de organdi branco. A saia em evasée em vez de organdi e o bolero também em viez de organdi com um cinto largo de cetim de seda pura. O véu em tule de nylon branca com um toque de rosa e a grinalda em forma de corôa com rosas brancas e cor-de-rosa, muguets e botões de laranjeira. O bouquet, cor-de-rosa, foi oferecido por Marisa.

Como a boite Djalma's que os noivos trabalham estava em plena temporada, deixaram a viagem de lua-de-mel para mais tarde. Não conseguindo licença-casamento de Djalma Ferreira vieram ao Rio na quinta-feira (9 Junho), o civil foi na sexta-feira (8 Junho), o religioso no sábado de manhã às 11:00 (9 Junho) e já no sábado à noite mesmo estavam de volta à Praça Roosevelt, reiniciando seus trabalhos na boite.
Fernanda Rocha, Dolores Duran's adopted daughter kisses the bride, her step-aunt Denise Duran being watched by Hilda Rocha & Neville; below Marisa Brandão ('Gata Mansa') as maid-of-honour and the newlyweds listen to the priest's final blessing words.
Denise & Dave after tieing the knot...

Marisa (Gata Mansa) gets married to Cesar Camargo Mariano 

Revista do Radio, 27 October 1964- Marisa marries Cesar Camargo Mariano in São Paulo.

Um casamento alegre foi o de Marisa, a 'Gata Mansa', mas contando com uma nota de emoção: a presença das duas irmãs de Dolores Duran, Hilda Rocha e Irley Rocha (gravou discos com o pseudônimo de Denise Duran) de quem a noiva foi uma das maiores amigas. Ao contrário do que tem ocorrido de uns tempos para cá, as cerimônias civil e religiosa foram realizadas separadamente. Primeiro ocorreu o ato civil, realizado na futura residência do novo casal. Foi oficiada pelo juiz Luigi Capiobianco, assistido pelo escrivão Laerte de Moraes. Os noivos assinaram no livro de registro seus nomes, por extenso, e que são: Marisa Vertullo Brandão e Antônio César Camargo Mariano. Depois do casamento a noiva passou a assinar-se Marisa Camargo Mariano.

Foi no boite A Baiuca, na Praça Roosevelt, em São Paulo, que Marisa conheceu seu atual marido. Cesar era o pianista daquela casa e Marisa a cantora, quando travaram conhecimento. Do namoro chegaram logo ao noivado. Quando se aproximou a data do casamento, Cesar teve que viajar para o Rio de Janeiro, pois seu conjunto, o Trio Sambalanço, foi tomar parte no show de Lennie Dale, na boite Zum Zum. Como o casamento foi realizado em São Paulo, Cesar teve que pedir licença da boite carioca, mas no dia seguinte teve que voltar, ficando a lua-de-mel adiada para quando terminar a temporada na Guanabara.

Os padrinhos no civil, por parte da noiva, foram o sr. Joaquim Emílio de Camargo Rangel (tio de Cesar) e Irley Rocha Gordon (Denise Duran), irmã de Dolores Duran. De parte do noivo, o sr. Milton Domingues e sua noiva Hilda da Rocha (outra irmã de Dolores Duran). 

A mãe e irmão de Marisa, devido à viagem de trem, só chegaram a tempo da cerimônia religiosa. Para o ato civil, Marisa usava um vestido azul-piscina de tecido 'côco ralado' e cabelos soltos. 

Depois teve lugar o ato religioso na Igreja Santa TerezinhaRua Maranhão, 617, Higienópolis. Marisa usava, então, um vestido branco de shantung de seda pura, tamanho curto, com mangas largas em formato sino, tendo as mangas e a barra trabalhadas em raffe e pedrarias. Calçava sapatos do mesmo tecido do vestido e usava luvas de cetim branco. Levava um botão de rosa, claro, e na cabeça usava uma rosa branca e grinalda de tule de nylon, de três camadas, com sombra azul. O traje da noiva foi confeccionado por Mme. Nadir, amiga de Marisa. O noivo trajava terno de tropical, riscadinho de branco. 

Os padrinhos de Marisa na igreja o sr. Gilberto de Camargo Rangel e d. Helena de Camargo Rangel, avós de Cesar. Os padrinhos do noivo foram seus tios, sr. Joaquim Emílio de Camargo Rangel e dona Antônia Yara Pompeu de Camargo Rangel. Frei Paulino do Coração de Jesus celebrou o enlace, ao qual compareceram também os outros dois elementos do Trio SambalançoAirto Moreira (bateria) e Humberto Claiber (contra-baixo), sendo que o último executou durante a cerimônia, em solo de gaita-de-boca, a melodia 'Marisa', que Cesar compôs para ela. 

Diversos artistas estiveram presentes à Igreja. Anotamos: Elza Aguiar, Alaíde Costa, Yoko Okada, Pedrinho MattarDave GordonWalter SilvaMaricene CostaLuiz Chaves (baixista), Waldyr Santos e Magno Salerno (representando as Emissoras Associadas), Luiz Mocarzel, Sebastião Bastos (presidente da Audio-Fidelity), o empresário Mario Buonfiglio e muitos amigos e fãs. Ao terminar a cerimônia caiu sobre os noivos uma chuva de pétalas de rosas. Em seguida, os nubentes, precedidos pela irmã mais nova de Cesar (Maria Helena), trajando vestido azul de tecido igual ao da noiva, foram receber os cumprimentos dos amigos. 

Da igreja, os noivos e seus convidados dirigiram-se ao João Sebastião Bar, onde seus proprietários, Paulo de Arruda Cotrim e a cantora Ana Lúcia, ofereceram um almoço. Como nota curiosa, ao final, foi Ana Lúcia que ganhou a rosa-bouquet que a noiva atirou e assim credencia-se a um próximo casamento. 

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